Com abordagem sobre a homofobia na sociedade moderna, o espetáculo “3 Maneiras de Tocar no Assunto” será apresentado em Palmas (TO) nos dias 09 e 10 de julho – terça e quarta – no Teatro Sesc Palmas, às 20 horas. A entrada é franca e a classificação indicativa é de 14 anos.
A obra é um manifesto artístico a favor de toda diversidade e contra as intolerâncias. Com dramaturgia e atuação de Leonardo Netto e direção de Dadado de Freitas, a peça está em cartaz desde 2019 e foi assistida por mais de 20 mil espectadores.
A montagem “3 Maneiras de Tocar no Assunto” reúne três solos escritos e interpretados por Leonardo Netto, colocando em pauta questões relacionadas à homossexualidade, ao preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBTI+ em geral. A produção recebeu os prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito, Ator e Categoria Especial, pela direção de movimento de Marcia Rubin), APTR-RJ (Melhor Autor e Iluminação) e Cenym de Teatro Nacional (Melhor Monólogo), acumulando quase 20 indicações em premiações.
Os textos fazem uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, através dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que a orientação sexual de uma pessoa pode a transformar num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população? “Homofobia mata todo mundo: o pai que teve a orelha arrancada por beijar o filho, os irmãos que foram linchados por andarem abraçados. Não adianta achar que você está livre porque você não é gay. Vivemos um retrocesso de entendimento sobre isso, um conservadorismo estúpido. A população LGBTI+ no Brasil está alijada de quase setenta direitos previstos na Constituição”, ressalta Leonardo Netto, que abordou o tema por três instâncias distintas: a Escola, a Lei e o Estado.
Turnê
Em 2024, o espetáculo está realizando uma turnê inédita que percorre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, com apresentações sempre gratuitas e 100% acessíveis. Todas as sessões têm intérpretes de Libras, audiodescrição, monitoria para pessoas com deficiência intelectual e acontecem em locais com estrutura como corrimões, rampas, banheiros adaptados, iluminação adequada e plateia com reserva de espaços para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.
A circulação é um projeto patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da Fulminante Produções e do Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.
SINOPSE:
Um tema, três solos curtos. No primeiro solo, “O homem de uniforme escolar”, o público assiste a uma aula de bullying homofóbico: o que é, como praticar e quais as suas consequências físicas e emocionais? São histórias reais de crianças e jovens que sofreram com o preconceito e a intolerância na escola. Na sequência, “O homem com a pedra na mão” parte do depoimento ficcional de um dos participantes da Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969 em Nova York, um marco fundamental da luta pelos direitos da comunidade LGBTI+. Uma descrição minuciosa da noite em que os frequentadores (gays, lésbicas, travestis, drag queens) do bar Stonewall Inn reagiram, pela primeira vez, a mais uma batida policial no local. O último solo, “O homem no Congresso Nacional”, é o pronunciamento de um deputado gay e ativista na tribuna da Câmara.
TRAJETÓRIA DO ESPETÁCULO:
“3 Maneiras de Tocar no Assunto” estreou em 2019 no Rio de Janeiro, com uma temporada de 3 meses no Teatro Poeirinha e, em 2020, entrou em cartaz em São Paulo, no Sesc Ipiranga. Após a pandemia, o espetáculo retomou a estrada com sessões lotadas no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no Festival Palco Giratório em Porto Alegre e na programação do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, convidado pelo Grupo Galpão. Ainda entre 2022 e 2023, a peça foi realizada em mais 10 teatros da capital carioca, transitando por todas as zonas da cidade, além de apresentações na região metropolitana e no interior do RJ. Em 2024, o trabalho está em turnê nas regiões nordeste e norte do país, percorrendo 18 cidades e 11 estados: Pernambuco, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia, Acre e Tocantins.
FICHA TÉCNICA
Texto e atuação: Leonardo Netto
Direção: Dadado de Freitas
Direção de movimento: Marcia Rubin
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Luiza Fardin
Cenário: Elsa Romero
Visagismo: Marcio Mello
Trilha sonora: Rodrigo Marçal e Leonardo Netto
Adaptação de luz: Kuka Batista e Leandro Barreto
Direção de produção: Luísa Barros e Amanda Cezarina
Gerência administrativa: Amanda Cezarina
Produção executiva: Thaís Pinheiro
Produção local: H Produções
Fotos: Rayane Mainara
Identidade visual: Lê Mascarenhas
Design: Geraldo Oliveira
Comunicação social: Lucas Sampaio
Mídias sociais: Ronny Werneck
Assessoria de imprensa: Cinthia Abreu e Shelsea Lima/ Companhia A Barraca
Realização: Fulminante Produções Culturais e Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução
LEONARDO NETTO
Ator, diretor e dramaturgo. Estreou profissionalmente em 1989, dirigido por Amir Haddad. Integrou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, companhia dirigida por Aderbal Freire-Filho. Trabalhou com diretores como Gilberto Gawronski, Ana Kfouri, Jefferson Miranda, João Falcão, Luiz Arthur Nunes, Enrique Diaz, Celso Nunes e Christiane Jatahy. Como ator, destaca as peças mais recentes “Conselho de Classe” (dir. Bel Garcia e Susana Ribeiro), “A Santa Joana dos Matadouros” (dir. Marina Vianna e Diogo Liberano), “Entonces Bailemos” (dir. Martín Flores Cárdenas), “3 Maneiras de Tocar no Assunto” (dir. Dadado de Freitas); em TV as séries “Magnífica 70”, “Me chama de Bruna” e a minissérie “Assédio” (Rede Globo); em cinema “Em Nome da Lei” de Sérgio Rezende e “Três Verões” de Sandra Kogut. Escreveu e dirigiu as peças “Para os que estão em casa” e “A ordem natural das coisas”. Diretor de “Um dia a menos” (monólogo com a atriz Ana Beatriz Nogueira) e “A menina escorrendo dos olhos da mãe”, com Sílvia Buarque e Guida Vianna. Recebeu os prêmios Cesgranrio de Melhor Ator e Texto e o APTR de Melhor Autor por “3 Maneiras de Tocar no Assunto” e o Cesgranrio de Melhor Texto por “A ordem natural das coisas”.
DADADO DE FREITAS
Diretor, dramaturgo e ator. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, tem sua trajetória artística voltada à pesquisa dos corpos dissidentes e dos regimes de invisibilização. Diretor de “3 Maneiras de Tocar no Assunto”, indicado aos Prêmios Cesgranrio e APTR de Melhor Direção. Dirige no Teatro de Extremos: “O Homossexual ou a dificuldade de se expressar” – com 13 indicações aos Prêmios Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica – e “Balé Ralé”. Em 2021 dirigiu “A Doença do Outro” (solo escrito e interpretado por Ronaldo Serruya). Roteirizou e dirigiu as séries de radiodrama “A Mulher do Início do Mundo” e “O Viaduto”, e a série de teleteatro “Tônia, um corpo político”, para o Itaú Cultural. É colaborador do projeto artístico e transdisciplinar “Museu do Meninos” desde 2019; dirigiu “Sem Título para uma Radiocoreografia” em parceria com o Festival Panorama e a performance “Arqueologias do Futuro”. Preparou o elenco da série “Dias Perfeitos” (Globoplay). Dirigiu o videoclipe da canção “Meu coração é brega”, de Fafá de Belém. Acredita na transgressão pela palavra, no corpo como dissidência e exercita a bichice e o desbunde como formas militantes de vida e de existência.
Capacidade: 260 lugares
Serviço
Data: 09 e 10 de julho (terça e quarta)
Horário: 20h
Local: Teatro Sesc Palmas (Q. 502 Norte Avenida LO 16, s/n – Plano Diretor Norte)
Ingressos: gratuitos
Bilheteria: retirada antecipada de ingressos já disponível em https://linktr.ee/3maneirasteatro e também retirada presencial na bilheteria do teatro 1h antes da peça
Capacidade: 260 lugares