Imagine um cinema itinerante movido a energia solar, muita pipoca e filmes com temáticas importantes como sustentabilidade, igualdade de gênero e comunidade. Esse é o CineSolarzinho, que estaciona pela primeira vez em Palmas e terá duas ações na capital tocantinense, começando pela sede da Demà Jovem by Renapsi, apoiadora da iniciativa que conta ainda com o patrocínio do Banco BV e apoio da Prefeitura de Palmas.
A sessão de cinema na Renapsi acontece nesta sexta, 25, a partir das 18h30 na sede da Rede (1001 sul, cj 1, lote 3). A sessão é aberta ao público e haverá distribuição de pipoca. Nesta edição do CineSolarzinho serão exibidos curtas-metragens infantojuvenis – em parceria com a Ciranda de Filmes – que abordam temáticas de recortes ambiental, de empoderamento feminino e igualdade de gênero, de ancestralidade e de colaboração, diversidade e brincar.
“É uma oportunidade ímpar dos nossos jovens e da comunidade conhecerem como funciona essa iniciativa que é o cinema itinerante, movido a energia solar. É também uma chance de trazer a família dos jovens e também toda a população para estarem conosco nesse momento de integração. A temática da sustentabilidade, da inclusão, da igualdade de gênero é algo presente no nosso dia a dia e esta é mais uma forma de trabalharmos esses temas tão importantes”, afirmou Patrícia Lucena, gerente da Renapsi, pólo Tocantins.
Durante a exibição o público terá a oportunidade de conhecer a estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz, instalada no próprio veículo que carrega todo o cinema e que tem muitas atrações para toda a família. Depois da sessão na Renapsi, o Cinema irá até o bairro Morada do Sol II (sábado, 26) e também a Porto Nacional (terça, 29).
Oficina de Cinema
As chamadas “Oficinemas Solares” são oficinas que complementam as ações do projeto. Integrando arte, tecnologia e sustentabilidade, e difundindo práticas sustentáveis para o dia a dia, desde a separação dos lixos à reutilização de materiais recicláveis, os encontros abordam temas como permacultura, agroecologia, bioconstrução e a Carta da Terra, além dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Durante a oficina as ações são registradas e um filme é produzido com os participantes, editado no mesmo dia pela equipe do CineSolar e tem sua “estreia mundial” durante a sessão de cinema para a comunidade local. Os jovens da Renapsi participaram dessa oficina na última terça, 22, de forma online, e o conteúdo produzido será exibido na sessão de cinema nesta sexta, 25.
“As oficinas são atividades complementares, com uma linguagem muito simples e didática que dialoga de forma lúdica com as crianças e jovens da região. Com ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil, o projeto CineSolar ajuda o planeta cumprindo 10 dos 17 ODS e colocando o público ainda mais em contato com os temas de sustentabilidade e energia renovável, além de arte e cultura”, destaca Cynthia Alario.
Sobre o Cinema
O CineSolar – que tem a versão CineSolarzinho para o público infantil – é o primeiro cinema itinerante do Brasil movido a energia limpa e renovável: a energia solar. Funciona através de duas vans, batizadas de Tupã e Mahura, que foram grafitadas e adaptadas com as placas fotovoltaicas e o sistema de conversão de energia e armazenamento, com 20 horas de autonomia. Cada sprinter também carrega 110 cadeiras e banquetas para o público e todo o sistema de som e projeção para o cinema.
Além de tudo isso, o espaço se transforma em uma estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz. Uma sala de aula onde o público é convidado a entender, de maneira descontraída e divertida, como a luz do sol se transforma em energia elétrica. Os infográficos, a iluminação e a decoração especial – feita com materiais reciclados e objetos com princípios de magnetismo e eletricidade como laser e bola de plasma – são uma atração à parte, que encanta pessoas de todas as idades.
“O tema da energia solar ainda é novo e gera muita curiosidade. Na visita, todos podem ver o caminho que a luz do sol percorre, desde as placas instaladas no teto da van, os cabos, as baterias, o controlador e o inversor de carga, fica tudo acessível e as crianças adoram”, diz Cynthia Alario, coordenadora e idealizadora do CineSolar.
A 3ª Edição do CineSolarzinho é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do banco BV e apoio da Ciranda de Filmes, da Unesco, da Demà Jovem by Renapsi, da Prefeitura Municipal de Palmas, da Prefeitura Municipal de Porto Nacional, por meio das Secretarias Municipais da Cultura e do Turismo, de Assistência Social e Habitação, e da Educação. E é realizada pela Brazucah Produções e Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo.
Sessão de Cinema
Data: sexta-feira (25/11)
Horários: 18h30 – Curtas infantojuvenis – Natureza e meio ambiente
19h30 – Curtas infantojuvenis – ODS 5: empoderamento feminino e igualdade de gênero
Entrada: gratuita
Atrações: pipoca e estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz
Local: Renapsi (Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração) – 1001 Sul, conjunto 01, lote 03, Avenida Teotônio Segurado
SINOPSES DOS FILMES
‘Ivy, seu tempo, suas prioridades’ – Ana Beatriz Tavares Coutinho, Ficção/2022 – Palmas/TO
Curta produzido pelas crianças da escola Almirante Tamandaré que fala de relações e tecnologia. Concorrente do festival Você na Tela.
Três garotinhas nutrem uma linda amizade, até que uma delas ganham um smartphone de última geração e muda suas prioridades. A vida é feita de escolhas, cada decisão gera uma história diferente, mas é necessário saber o que é mais importante, pois o tempo não espera.
Natureza e meio ambiente
‘Naiá e a Lua’ – Direção: Leandro Tadashi, Ficção/Livre, Brasil/2010, 13 min
Uma jovem índia de nome Naiá se apaixona pela lua ao ouvir da anciã de sua aldeia a história do surgimento das estrelas no céu.
‘João, o galo desregulado’ – Direção: Camila Carrossine e Alê Camargo, Animação/Livre, Brasil/2013 – 10 min
Musical que narra a história de João, um galo com um comportamento atípico que chegou a ficar famoso por cantar na hora em que bem queria. Foi surpreendido pelas mudanças no tempo e por uma inesperada transferência de morada. As pessoas não imaginavam a tristeza que a falta do galo causaria…
‘Melhor Som do Mundo’ – Direção: Pedro Paulo de Andrade, Brasil/2015 – 13 min.
Neste filme infantil de aventura, Vinicius não coleciona figurinhas, nem carinhos, nem gibis. Ele coleciona algo que não pode ser visto nem tocado. Vinicius coleciona os sons do mundo. Mas essa não é uma tarefa fácil, especialmente quando se decide encontrar o melhor de todos: o melhor som do mundo. Em sua busca, Vinicius irá descobrir que o melhor som do mundo está muito mais perto do que o esperado.
‘Kuri ha Akae Ovy – A araucária e a gralha azul’ – Direção: Izabel Tiemi e Giovani T. Viecili, Animação, Brasil/2022 – 16 min.
Uma antiga história indígena sobre dois jovens de tribos diferentes. A Araucária e a Gralha Azul é uma lenda sul-americana que fala sobre cooperação entre as espécies e equilíbrio ambiental.
‘Tudo Verdim’ – Direção: Patricia Alves, documentário, Brasil/2013 – 13 minutos
O filme nasce da vivência em desenho animado das crianças do território indígena Pankararé do Raso da Catarina – considerado o maior deserto do Brasil. O filme narra uma coleção de memórias das crianças do Sertão, entre pausas, desenhos, toantes e palavras inomináveis.
ODS 5: empoderamento feminino e igualdade de gênero
‘Claudete e o Bolo’ – Direção: Fádhia Salomão, Animação/Livre, Brasil/2020 – 5 min
Alguém que gosta de fazer bolos e os faz com verdadeira dedicação, esta é Claudete. Seus bolos são apreciados por todos e isso a deixa contente, mas quando se vê sobrecarregada pela demanda excessiva, Claudete terá que tomar uma atitude.
‘Meninos e Reis’ – Direção: Gabriela Romeu, Documentário, Brasil/2016 – 16 minutos
No reisado, um dos folguedos mais populares do Cariri cearense, crianças aprendem a jogar espada com destreza e meninas crescem como rainhas. Mas Maria, a rainha de um dos reisados mais tradicionais da região, está no último ano de reinado e encara o drama de passar a coroa para a irmã mais nova, vivendo um verdadeiro rito de passagem.
‘A menina e o velho’ – Direção: Luciano Fusinato, Animação/10 anos, Brasil/2021 – 10 min.
Uma menina e um velho iniciam uma amizade através dos fios de um varal. Do seu encontro, brotam singeleza e poesia.
‘Por que não tenho um Xerimbabo?’ – Direção: Patricia Alves Dias, Documentário/ +6 anos, Brasil/2020 – 13 min.
XE.RIM.BA.BO, palavra de origem Tupi, quer dizer “a coisa mais querida”. ‘Por que não tenho um Xerimbabo?’ é um ensaio poético biográfico sobre passagens da vida da menina Lia e sua relação com os animais. Assim como outras crianças, ela inventa um mundo próprio de coisas (desenhos, instalações, pop-ups etc.) inserido num mundo de adultos.
‘Meu nome é Maalum’ – Direção: Luísa Copetti, Animação, Brasil/2021 – 8 min.
Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Logo que sai do seio de sua casa, ela se depara com os desafios impostos pelos discursos e pelas práticas de uma sociedade racista. Assim que chega na escola, todos riem dela. Maalum não entende o porquê e, com ajuda da sua família, vai descobrir o significado do seu nome e transformar a tristeza em orgulho por sua ancestralidade.
Colaboração, comunidade, diversidade e brincar
‘Disque Quilombola’ – Direção: David Reeks, Documentário, Brasil/2012 – 13 min
Crianças do Espírito Santo conversam de um jeito divertido sobre como é a vida em uma comunidade quilombola e em um morro na cidade de Vitória. Por meio de uma genuína brincadeira infantil, os dois grupos falam de suas raízes e revelam o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.
‘Lápis de cor’ – Direção: Alice Gomes, ficção/livre, Brasil/2010 – 16 min
Lápis-de-cor conta a história de Cláudio, um menino pobre de 09 anos que vive sozinho com a mãe e adora desenhar. Seu pai foi embora há alguns anos e Cláudio nutre a ideia de que se um dia fizer um desenho colorido de seu pai ele voltará. Só que Cláudio não tem lápis-de-cor.
Quando ele finalmente consegue 3 lápis de cor mágicos, que juntos fazem “todas as cores do mundo”, sua mãe só deixa ele usar uma cor por dia. A partir daí cada cor terá uma influência sobre Cláudio, em seu dia e em seu humor, e na fotografia e na arte do filme.
‘Sonhos’ – Direção: Haroldo Borges, ficção/livre, Brasil/2013 – 15 min
O menino vive buscando motivos para fugir da escola. Um dia, ele encontra o motivo perfeito: a garota mais bela que ele já viu. Mas ela mora em um circo e ele não tem dinheiro para entrar. Tentando conquistar sua atenção, o menino vai embarcar na grande aventura de crescer.
‘Sobre amizade e bicicletas’ – Direção: Julia Vidal, Brasil/2022 – 12 min
Thiago nunca pensou em participar da corrida de bicicletas devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual.
Ancestralidade
‘Alma Carioca, um choro de menino’ – Direção: William Côgo, Animação/Livre, Brasil/2002 – 5 minutos
História de um menino que vive na zona portuária do Rio de Janeiro da década de 20 e testemunha o surgimento do Choro, quando encontra os grandes mestres pioneiros desse estilo puramente carioca.
‘Maré Capoeira’ – Direção: Paola Barreto, documentário, Brasil/2005, – 12 min.
Maré é o apelido de João, um menino de dez anos que sonha ser mestre de capoeira como seu pai, dando continuidade a uma tradição familiar que atravessa várias gerações. O curta mistura ficção e documentário para contar uma pequena história de amor e guerra.
‘A Festa dos Encantados’ – Direção: Masanori Ohashy, Animação, Brasil/2016 – 13 minutos
A festa dos encantados narra a saga de um índio Guajajara que, procurando pelo irmão perdido, encontrou um mundo subterrâneo habitado por seres encantados e ali permaneceu até aprender todos os rituais e cânticos de várias celebrações. Com saudade da família, voltou para seu povo e passou a contar sua história e a ensinar, na sua aldeia de origem, tudo o que havia aprendido com aqueles seres. Antes disso, de acordo com a lenda, os Guajajara não realizavam festas.